segunda-feira, 22 de outubro de 2012

Coluna Tapping Percussivo


Coluna publicada na revista Bass Player Brasil 


Tapping Percussivo

                                           
                                                      AUDIO DA COLUNA (NOVO)



    Nessa terceira coluna sobre tapping demonstro uma opção  que é uma das preferidas entre os baixistas que preferem usar o baixo para o uso de grooves, o tapping percussivo.
   A idéia desse tipo de tapping é a de se acrescentar notas abafadas onde dedos da mão direita ou a palma inteira da mesma mão batem nas cordas perto da região final do braço. São notas abafadas ou ghost notes que acrescentam ao groove efeitos de uma percussão.
   Nos exemplos abaixo são usados ascentos, descritos nas tablaturas com um X maiusculo na corda ré, e notas abafadas, descritos nas pautas e tablaturas com um x minusculo na corda mi. Todas as notas são tocadas percutindo a mão esquerda nas cordas apenas com a técnica de Hammer-on, que é quando se pressiona as cordas sem o impulso da mão direita.
   No exemplo 1 demonstro a levada básica em colcheias nos dois primeiros compassos e utilizando semi-colcheias nos compassos 3 e 4. A levada usa a escala pentatônica em ré menor, oitavas e aproximações cromáticas de 2 notas.
   Nos exemplos 2 e 3 o primeiro conceito básico usado por percussionistas, o ascento. Sugiro se tocar esse ascento batendo com a palma da mão direita com maior força em todas as cordas no final do braço. É importante se bater em todas as cordas ao mesmo tempo.
   No exemplo 2 uso os ascentos nas “cabeças” dos tempos 2 e 4, simulando uma caixa de bateria comum em pop/rock. Algumas notas anteriores aos ascentos foram antecipadas em semi-colcheia, dando assim uma caracteristica mais funk, onde se misturam os contras de semi-colcheias com os ascentos nas “cabeças” de tempo. Essa opção é ótima quando não há uma caixa de bateria ascentuando os tempos 2 e 4.
   No exemplo 3 ascentuo os contratempos antecipados de semi-colcheias dos tempos 2 e 4. Essa opção é também ótima para se criar um efeito de percussão, que costuma ascentuar em lugares diferentes da caixa da bateria quando esta ascentua nas “cabeças” dos tempos 2 e 4.
   Nos dois casos de ascentos algumas notas se mantém no mesmo lugar enquanto que outras devem ser antecipadas ou atrasadas para dar espaço aos ascentos. Também é possivel se combinar ascentos nas “cabeças” e “contras” numa mesma levada. Sugiro que se considere o que a bateria está fazendo para que o tapping soe mais como uma complementação ritmica.
   No exemplo 4 acrescentei notas abafadas em tapping onde se deve encostar os dedos da mão esquerda em todas as cordas e bater com o polegar da direita no final do braço na corda mi ou com os outros dedos nas outras cordas. A intensidade deve ser menor do que a dos ascentos. A idéia é a de “secar” as notas da levada tocando todas em semi-colcheias, e então preencher todos os espaços entre uma nota e outra ou entre as notas e os ascentos com esses abafados em semi-colcheias. Nesse exemplo os ascentos estão nas “cabeças” dos tempos 2 e 4.
   No exemplo 5 usei a mesma técnica, mas os ascentos foram atrasados em semi-colcheia.
   Outras opções de notas abafadas em tercinas ou sextinas são possíveis, além de outras técnicas de notas abafadas. Sugiro a criação de levadas com os dois tipos de ascentos. Até a próxima com mais possibilidades de tapping.







terça-feira, 16 de outubro de 2012

Transcrição - Slap da Slapjack

Transcrição - Slap da Slapjack
Publicada na matéria com Zuzo em julho de 2012 na revista Bass Player Brasil




segunda-feira, 8 de outubro de 2012

Coluna de Slap - Outros ligados


Coluna de Slap - Outros ligados
Coluna publicada em 1997 na revista Cover Guitarra

Nas duas colunas passadas dei um maior enfoque ao uso de ligados pensando em notas com oitavas, escalas e até acordes, apesar de toda essa variedade de alternativas de uso os ligados vinham sempre de notas mais graves para mais agudas , o que se chama "hammer-on". Aqui vão dicas de outras maneiras de se tocar "ligando" em exemplos mais simples todos de apenas um compasso, tentem usar essas idéias diferentes de ligados nos exemplos que passei em edições anteriores. O exemplo 1 mostra o tipo básico de ligado , já o exemplo 2 vai sempre de uma nota mais aguda para uma mais grave o que se chama "pull-off" e o exemplo 3 mostra a junção do "hammer-on"com o "pull-off" indo e voltando sendo essas três notas tocadas em sextinas. Procurem sempre que possível treinar esses exemplos com metrônomo ou bateria eletrônica numa velocidade progressiva. Até a próxima! 



segunda-feira, 1 de outubro de 2012

Coluna Notas abafadas em levadas


     Coluna Zuzo Moussawer – Notas abafadas em levadas

     Publicada no site musictube.com.br - Audios disponiveis no site

     Nesta coluna abordo a aplicação de notas abafadas, também chamada de ghost notes, notas mudas ou notas mortas, em levadas.
    Todos os exemplos são tocados na sequência I Am I F I C I G I, em todos os exemplos são apenas usadas tônicas e oitavas, mas vale lembrar que podem ser usadas todas opções de notas como arpejos, aproximações cromáticas, e escalas. Também podem ser aplicados os contratempos tanto em tempos fortes como em tempos fracos e notas de passagem, além de compassos impares.
    Para se tocar notas abafadas é importante encostar mais de dois dedos nas cordas pois com menos dedos pode-se correr o risco de sair o som de harmônicos. Outra dica é a de usar a mesma corda que em seguida será tocada em nota para produzir a nota abafada, apesar de também ser possível se usar outras cordas. Produza as notas abafadas com intensidade alta para que com essa projeção seu som “apareça” no todo. Um timbre mais médio usando mais o captador da ponte ajuda.
   No primeiro exemplo é demonstrado o básico da levada sem nenhuma aplicação de notas abafadas, para finalidade didática dessa coluna, todos os outros exemplos serão baseados nas notas e ritmos dessa levada.
   No exemplo 2 a aplicação de uma nota abafada sendo uma semi-colcheia antes dos tempos fortes 1 e 3. Essas ghost notes são tocadas na última semi-colcheia dos tempos 2 e 4. Muitas das notas anteriores aos abafados que originalmente eram em colcheias foram antecipadas em uma semi-colcheia para dar “espaço” para as notas abafadas.
   No exemplo 3 o uso de duas notas abafadas em semi-colcheias também antecipando os tempos fortes 1 e 3 sendo usadas no lugar das ultimas duas semi-colcheias dos tempos 2 e 4.
   No exemplo 4 a mistura de uma e duas notas abafadas, neste caso usada nos finais dos tempos 1 e 3, antecipando os tempos fracos 2 e 4. Como em todos os outros exemplos, as figuras ritmicas e notas da levada original foram preservadas.
   No exemplo 5, numa típica aplicação de notas abafadas no estilo funk americano, o baixo “seca” todas as notas da levada original, todas são tocadas em semi-colcheias, então todos os espaços entre as notas são preenchidos por abafados em semi-colcheias numa combinação entre 1 e 2 abafados, combinações de 3 e 4 abafados nesse caso também são possíveis. Essa aplicação simula o que guitarristas tocam em levadas de funk, tocando apenas em semi-colcheias os ascentos naturais das notas e preenchendo o resto com abafados em semi-colcheias.
   No exemplo 6 uma maneira muito comum de se tocar escalas em Slap, dividindo a escala em duas a duas notas, tocando a primeira e ligando a próxima. Essas notas são combinadas com uma e duas notas abafadas em colcheias ou semi-colcheias, também são possíveis outras divisões como tercinas. Neste exemplo usei a escala do tom da base, lá menor.
   No exemplo 7 uma mistura das tônicas com oitvas do primeiro exemplo com as notas de escala misturadas com as notas abafadas.
   Outras opções de notas abafadas também são possíveis como três notas abafadas em sextinas ou tercinas, além de um tipo específico de abafado onde se bate em todas as cordas com a mão direita. Procure aplicar esses fundamentos compondo novas levadas e também tentando “improvisar” uma levada de maneira mais intuitiva.