quarta-feira, 21 de novembro de 2012

Coluna Slap - Double stops

Coluna Slap - Double stops
Coluna publicada na revista Cover Guitarra em 1997


Olá pessoal, aqui vão toques de aplicação de uma coisa que soa muito bem em SLAP e em ROCK que são os DOUBLE-STOPS, ou seja, dois intervalos tocados em "pop" ao mesmo tempo. No exemplo 1 usei quinta e oitava alternando com corda solta e notas abafadas puxando com os dedos médio e indicador da direita nos beats 1 e 2 e em oitavas nos beats 3 e 4 puxando ao mesmo tempo com o polegar e indicador, o que pelo desenho de como fica a mão direita chamamos de "alicate". No exemplo 2 usei intervalos de quintas nos beats 1 e 2 e terças nos beats 3 e 4 em sextinas. Os dois exemplos anteriores são demonstrados alternando tembém com as cordas soltas mi e lá, pode-se tembém usar outras tônicas e assim pensar indiretamente em acordes como no exemplo 3 onde pensei nos acordes de "F" e depois Dm7 e C7M. Treinem esses exemplos , tentem criar outras frases e aplicar em músicas, na próxima edição darei outros toques sobre esse




quarta-feira, 7 de novembro de 2012

Coluna Tipos de levadas para contrabaixo

Coluna Zuzo Moussawer - Tipos de levadas de Baixo

Coluna publicada no site www.musictube.com.br, audios disponiveis no site


                                              AUDIO DA COLUNA ( NOVO )


Nesta coluna abordo os principais tipos de levadas de baixo em relação aos
outros intrumentos. Os exemplos em áudio consistem de levadas de baixo, mas
com acompanhamento de guitarra, teclado e bateria. Aqui não foram usados
notas abafadas, compassos impares e técnicas especificas como Slap e
Tapping. Usei contratempos em alguns casos. Algumas levadas são baseadas
em colcheias, outras em semi-colcheias, mas essa escolha é pessoal de cada
baixista levando em conta o que a musica pede. Todos os exemplos estão em
cima da harmonia I Am I F I C I G I e no tom de lá menor.
Vale lembrar que esses exemplos não representam “todos” os tipos possiveis
de levadas, mas sim grande parte.
Ex. 1 – Baixo igual a guitarra fazendo riffs com notas da escala do tom,
arpejos e cromatismos, busca-se nesse caso o movimento de notas igual do
baixo com a guitarra, tocando no inicio de cada compasso as tônicas dos
acordes. Uma aplicação muito comum em rock
Ex. 2 – Baixo igual ao bumbo da bateria tocando as tônicas dos acordes e
outras notas dos mesmos (arpejos). Muito comum em musica pop e pop/rock.
Ex. 3 – Baixo tocando as tônicas dos acordes no inicio de cada compasso e
tocando “notas de passagem” entre os acordes, usando arpejos, cromatismos e
escalas, a idéia é seguir a harmonia e “enfeitar” a levada com essas notas.
Ex. 4 – Baixo Pedal : O baixo se mantém numa nota, geralmente a tônica ou a
quinta do tom enquanto que os outros instrumentos harmônicos seguem a
harmonia normalmente.
Ex. 5 – Ostinato : o baixo faz um riff usando geralmente notas da escala do
tom e sempre enfatizando a tônica do tom no inicio de cada compasso enquanto
que os instrumentos harmônicos seguem a harmonia. Nesse riff o baixo pode
estar sozinho ou ser acompanhado por uma guitarra, violão ou teclado fazendo o
mesmo riff.
Ex. 6 – Baixo com papel e ritmo especifico do estilo musical tocado : Nesse
caso o baixo faz o que se espera dele no estilo da musica, como nesse exemplo
o baixo faz o ritmo de Reggae. Algo muito comum em estilos como Blues,Jazz
tradicional, Samba, Baião, entre outros. Pode-se variar as levadas em relação a
notas e ritmos, mas deve-se sempre voltar para o que se espera do papel do
baixo em relação ao estilo. Notas de passagem também são possiveis nesses
casos.
Ex. 7 – Pergunta e resposta ritmica com outro instrumento : Nesse exemplo,
um funk onde o baixo “complementa” a guitarra e vice-versa. Um toca
principalmente onde o outro não toca (pausa). Aplicação muito comum em funk
e pop.
Ex. 8 – Neste exemplo crio um padrão ritmico de dois compassos e o repito
nos dois compassos seguintes, enquanto a harmonia muda. As notas seguem o
padrão de um ostinato, mas podem também seguir as tônicas da harmonia. Os
quatro compassos são então divididos em quatro “células” de um compasso
cada. Repito então o primeiro compasso no terceiro. Representando em letras
seria como um ABAC, cada letra um compasso.
Ex. 9 – O mesmo tipo de construcão, mas variando o padrão de repetição
para um AABC. Nesse exemplo, assim como no anterior, também são possiveis
padrões de um ou quatro compassos, além de outras combinações de
repetições. Outro instrumento como a guitarra pode seguir o baixo como em um
riff.
Vale lembrar que o que os outros intrumentos estão tocando é um fator muito
importante na escolha do tipo de levada. Viradas também são possiveis em
todos os casos considerando a melodia tocada pelo instrumento principal,
normalmente a voz. Procure variar todos esses tipos descritos aqui nas musicas
em que toca.




segunda-feira, 22 de outubro de 2012

Coluna Tapping Percussivo


Coluna publicada na revista Bass Player Brasil 


Tapping Percussivo

                                           
                                                      AUDIO DA COLUNA (NOVO)



    Nessa terceira coluna sobre tapping demonstro uma opção  que é uma das preferidas entre os baixistas que preferem usar o baixo para o uso de grooves, o tapping percussivo.
   A idéia desse tipo de tapping é a de se acrescentar notas abafadas onde dedos da mão direita ou a palma inteira da mesma mão batem nas cordas perto da região final do braço. São notas abafadas ou ghost notes que acrescentam ao groove efeitos de uma percussão.
   Nos exemplos abaixo são usados ascentos, descritos nas tablaturas com um X maiusculo na corda ré, e notas abafadas, descritos nas pautas e tablaturas com um x minusculo na corda mi. Todas as notas são tocadas percutindo a mão esquerda nas cordas apenas com a técnica de Hammer-on, que é quando se pressiona as cordas sem o impulso da mão direita.
   No exemplo 1 demonstro a levada básica em colcheias nos dois primeiros compassos e utilizando semi-colcheias nos compassos 3 e 4. A levada usa a escala pentatônica em ré menor, oitavas e aproximações cromáticas de 2 notas.
   Nos exemplos 2 e 3 o primeiro conceito básico usado por percussionistas, o ascento. Sugiro se tocar esse ascento batendo com a palma da mão direita com maior força em todas as cordas no final do braço. É importante se bater em todas as cordas ao mesmo tempo.
   No exemplo 2 uso os ascentos nas “cabeças” dos tempos 2 e 4, simulando uma caixa de bateria comum em pop/rock. Algumas notas anteriores aos ascentos foram antecipadas em semi-colcheia, dando assim uma caracteristica mais funk, onde se misturam os contras de semi-colcheias com os ascentos nas “cabeças” de tempo. Essa opção é ótima quando não há uma caixa de bateria ascentuando os tempos 2 e 4.
   No exemplo 3 ascentuo os contratempos antecipados de semi-colcheias dos tempos 2 e 4. Essa opção é também ótima para se criar um efeito de percussão, que costuma ascentuar em lugares diferentes da caixa da bateria quando esta ascentua nas “cabeças” dos tempos 2 e 4.
   Nos dois casos de ascentos algumas notas se mantém no mesmo lugar enquanto que outras devem ser antecipadas ou atrasadas para dar espaço aos ascentos. Também é possivel se combinar ascentos nas “cabeças” e “contras” numa mesma levada. Sugiro que se considere o que a bateria está fazendo para que o tapping soe mais como uma complementação ritmica.
   No exemplo 4 acrescentei notas abafadas em tapping onde se deve encostar os dedos da mão esquerda em todas as cordas e bater com o polegar da direita no final do braço na corda mi ou com os outros dedos nas outras cordas. A intensidade deve ser menor do que a dos ascentos. A idéia é a de “secar” as notas da levada tocando todas em semi-colcheias, e então preencher todos os espaços entre uma nota e outra ou entre as notas e os ascentos com esses abafados em semi-colcheias. Nesse exemplo os ascentos estão nas “cabeças” dos tempos 2 e 4.
   No exemplo 5 usei a mesma técnica, mas os ascentos foram atrasados em semi-colcheia.
   Outras opções de notas abafadas em tercinas ou sextinas são possíveis, além de outras técnicas de notas abafadas. Sugiro a criação de levadas com os dois tipos de ascentos. Até a próxima com mais possibilidades de tapping.







terça-feira, 16 de outubro de 2012

Transcrição - Slap da Slapjack

Transcrição - Slap da Slapjack
Publicada na matéria com Zuzo em julho de 2012 na revista Bass Player Brasil




segunda-feira, 8 de outubro de 2012

Coluna de Slap - Outros ligados


Coluna de Slap - Outros ligados
Coluna publicada em 1997 na revista Cover Guitarra

Nas duas colunas passadas dei um maior enfoque ao uso de ligados pensando em notas com oitavas, escalas e até acordes, apesar de toda essa variedade de alternativas de uso os ligados vinham sempre de notas mais graves para mais agudas , o que se chama "hammer-on". Aqui vão dicas de outras maneiras de se tocar "ligando" em exemplos mais simples todos de apenas um compasso, tentem usar essas idéias diferentes de ligados nos exemplos que passei em edições anteriores. O exemplo 1 mostra o tipo básico de ligado , já o exemplo 2 vai sempre de uma nota mais aguda para uma mais grave o que se chama "pull-off" e o exemplo 3 mostra a junção do "hammer-on"com o "pull-off" indo e voltando sendo essas três notas tocadas em sextinas. Procurem sempre que possível treinar esses exemplos com metrônomo ou bateria eletrônica numa velocidade progressiva. Até a próxima! 



segunda-feira, 1 de outubro de 2012

Coluna Notas abafadas em levadas


     Coluna Zuzo Moussawer – Notas abafadas em levadas

     Publicada no site musictube.com.br - Audios disponiveis no site

     Nesta coluna abordo a aplicação de notas abafadas, também chamada de ghost notes, notas mudas ou notas mortas, em levadas.
    Todos os exemplos são tocados na sequência I Am I F I C I G I, em todos os exemplos são apenas usadas tônicas e oitavas, mas vale lembrar que podem ser usadas todas opções de notas como arpejos, aproximações cromáticas, e escalas. Também podem ser aplicados os contratempos tanto em tempos fortes como em tempos fracos e notas de passagem, além de compassos impares.
    Para se tocar notas abafadas é importante encostar mais de dois dedos nas cordas pois com menos dedos pode-se correr o risco de sair o som de harmônicos. Outra dica é a de usar a mesma corda que em seguida será tocada em nota para produzir a nota abafada, apesar de também ser possível se usar outras cordas. Produza as notas abafadas com intensidade alta para que com essa projeção seu som “apareça” no todo. Um timbre mais médio usando mais o captador da ponte ajuda.
   No primeiro exemplo é demonstrado o básico da levada sem nenhuma aplicação de notas abafadas, para finalidade didática dessa coluna, todos os outros exemplos serão baseados nas notas e ritmos dessa levada.
   No exemplo 2 a aplicação de uma nota abafada sendo uma semi-colcheia antes dos tempos fortes 1 e 3. Essas ghost notes são tocadas na última semi-colcheia dos tempos 2 e 4. Muitas das notas anteriores aos abafados que originalmente eram em colcheias foram antecipadas em uma semi-colcheia para dar “espaço” para as notas abafadas.
   No exemplo 3 o uso de duas notas abafadas em semi-colcheias também antecipando os tempos fortes 1 e 3 sendo usadas no lugar das ultimas duas semi-colcheias dos tempos 2 e 4.
   No exemplo 4 a mistura de uma e duas notas abafadas, neste caso usada nos finais dos tempos 1 e 3, antecipando os tempos fracos 2 e 4. Como em todos os outros exemplos, as figuras ritmicas e notas da levada original foram preservadas.
   No exemplo 5, numa típica aplicação de notas abafadas no estilo funk americano, o baixo “seca” todas as notas da levada original, todas são tocadas em semi-colcheias, então todos os espaços entre as notas são preenchidos por abafados em semi-colcheias numa combinação entre 1 e 2 abafados, combinações de 3 e 4 abafados nesse caso também são possíveis. Essa aplicação simula o que guitarristas tocam em levadas de funk, tocando apenas em semi-colcheias os ascentos naturais das notas e preenchendo o resto com abafados em semi-colcheias.
   No exemplo 6 uma maneira muito comum de se tocar escalas em Slap, dividindo a escala em duas a duas notas, tocando a primeira e ligando a próxima. Essas notas são combinadas com uma e duas notas abafadas em colcheias ou semi-colcheias, também são possíveis outras divisões como tercinas. Neste exemplo usei a escala do tom da base, lá menor.
   No exemplo 7 uma mistura das tônicas com oitvas do primeiro exemplo com as notas de escala misturadas com as notas abafadas.
   Outras opções de notas abafadas também são possíveis como três notas abafadas em sextinas ou tercinas, além de um tipo específico de abafado onde se bate em todas as cordas com a mão direita. Procure aplicar esses fundamentos compondo novas levadas e também tentando “improvisar” uma levada de maneira mais intuitiva.




segunda-feira, 24 de setembro de 2012

Coluna Tapping - acordes dedilhados


Coluna Tapping - Efeito acordes “dedilhados”
Coluna publicada na revista Bass Player Brasil - 2012

Continuando a série de colunas sobre Tapping iniciada na edição anterior, nesta coluna
abordo algumas possibilidades para a criação do efeito “dedilhado” para acordes em Tapping.
Para que a técnica realmente soe como dedilhado é importante que se deixe os dedos
pressionados o máximo de tempo até o momento de se tocar o mesmo dedo de novo.
Todos os exemplos são apresentados em tercinas nos dois primeiros compassos e semicolcheias
nos dois últimos. Quaisquer divisões podem ser usadas num mesmo padrão de
execução, além das colcheias e até variações de divisões misturando‐se notas mais curtas com
mais longas. Todos os exemplos são demonstrados em cima da harmonia I Am I F I C I G I.
No exemplo 1 combinações de um dedo/corda na mão esquerda e dois na direita. A mão
direita toca inicialmente a quinta e oitava do Am. Note que, na medida que o baixo muda a
tônica para F , a mão direita se mantém nos mesmo intervalos, o que transforma o acorde em
F7+. Nos compassos 3 e 4, a mão esquerda toca em duas cordas sendo tônicas, quintas e terças.
A mão direita toca terças e sétimas ( C7+ e G7 ).
No exemplo 2 uso a combinação de dois dedos/cordas para cada mão, só que intercalando
cordas. A mão esquerda toca tonicas ou terças e oitavas ou sétimas, a direita toca quintas e
terças além de oitavas. Na maioria das vezes sugiro que se use cordas diferentes para cada mão,
apesar de se poder também repetir cordas, como no compasso 4.
No exemplo 3 a mão esquerda toca tônicas e terças ou terças e quintas, a mão direita quintas
e oitavas nos compassos 1 e 2, além de quintas e nonas no compasso 3. Também é possivel se
tocar notas simultâneas como no compasso 3 sem se perder a idéia de “dedilhado”.
No compasso 4 uma técnica mais complexa onde há a repetição de intervalos nas duas mãos,
além de ligados na mão esquerda entre a terça e quinta. A mão direita toca oitavas ou sétimas e
terças.
Outras opções de combinações de cordas usando cada mão em cordas diferentes das
sugeridas são possíveis, podendo‐se inclusive usar 3 dedos em uma das mãos ou até nas duas.
Pode‐se também usar pull‐offs e slide nas notas tocadas em tapping na mão direita. Outra
sugestão é a de se distanciar uma das mãos pensando no campo harmônico do tom da
progressão harmônica, criando‐se vozes e acordes diferentes do cifrado, caso haja a liberdade
harmônica para tal. Todas opções exigem é claro muito estudo dessa arte. Até uma próxima
com mais possibilidades de Tapping.







segunda-feira, 17 de setembro de 2012

Transcrição - As Raizes - Tapping

Esse trecho transcrito aqui é o tema do verso tocado em tapping em oitavas, a voz mais grave toca em Hammer-on com os dedos da esquerda enquanto que a mais aguda toca com a direita em tapping.

segunda-feira, 3 de setembro de 2012

Coluna se Slap - Cordas Soltas II


 Slap - Cordas Soltas II


Na coluna anterior dei dicas de mistura de cordas soltas com notas ligando-as e especificamente no exemplo 3 pensando em "bordões" ou "power chords" que são os acordes apenas compostos pela tônica e quinta. A seguir darei mais exemplos só que numa divisão de tempo mais difícil de executar que são as sextinas (pela velocidade e porque realmente soam diferente nestes casos). No exemplo 1 em mi menor apenas desço as notas dos "bordões" alternando com cordas soltas, já no exemplo 2 faço o mesmo só que subindo notas dos acordes Em , D e C7M sempre alternando com cordas soltas. No exemplo 3 transcrevi um trecho da música SLAPJACK de meu disco EXPRESS que exemplifica muito bem esse tipo de aplicação pensando nesse caso no acorde E7 e ao invés de alternando com corda solta, usando o ligado da sexta para sétima e da terça menor para terça maior (intenção blues) em pop. Procurem fazer frazes também pensando em outros intervalos. Até a próxima! 




segunda-feira, 27 de agosto de 2012

Modos em Levadas

Coluna postada no Site Musictube.com.br. Audios disponiveis no site

AUDIO DA COLUNA ( NOVO )


Modos Gregos em levadas para contrabaixo – Zuzo Moussawer
Nesta coluna demonstro como aplicar os sete modos gregos em levadas para contrabaixo, nas parts e tabs a seguir está descrito o contrabaixo, mas no audio que acompanha a coluna estão demonstrados acompanhamentos também em guitarras, teclados e baterias em diversos estilos diferentes.
Todos os exemplos estão no tom central de Dó para facilitar a comparação de sonoridades entre eles. Na armadura de clave os modos com terça maior como Jonio, Lidio e Mixolidio estão demonstrados como tom de Dó Maior e os modos com terça menor como Dórico, Frigio, Eólio e Lócrio estão demonstrados como tom de Dó Menor. Os intervalos diferentes de cada modo entram como acidentes ocorrentes.
Em todos os exemplos o baixo passa por intervalos característicos, enquanto que sobre os acordes de acompanhamento, são usados aqueles que possuem a nota característica de cada modo, assunto esse que será explicado futuramente em uma coluna sobre Harmonia Modal. Para identificar qual nota do exemplo corresponde ao intervalo característico explicado abaixo, conte nas notas do modo dado entre parênteses, por exemplo, a quarta do modo Jônio de Dó é o Fá (quarta nota entre parênteses descrita abaixo).
Todos os exemplos usam o modo grego como centro tonal com exceção do modo Mixolidio, que em Blues é muito usada a aplicação por acordes. A seguir a descrição dos exemplos por modo e intervalo característico.
Ex. 1 – Modo Jônio – Maior - (C,D,E,F,G,A,B) : Passa-se pela terça maior, sétima maior, além do intervalo característico de quarta justa. Som mais “alegre” exemplificado num Reggae.
Ex. 2 – Modo Dórico (C,D,Eb,F,G,A,Bb) : Passa-se pera terça menor, sexta (intervalo característico) e sétima, acrescentei a blue note (Sol Bemol no exemplo de Dó), muito comum em black music. Som comum também em musica negra americana exemplificado num Funk americano.
Ex. 3 – Modo Frigio (C,Db,Eb,F,G,Ab,Bb) : Passa-se pela segunda bemol (intervalo característico), terça menor e sexta bemol. Som tenso e pesado exemplificado num Metal.
Ex. 4 – Modo Lídio (C,D,E,F#,G,A,B) : Passa-se pela quarta aumentada (intervalo característico), terça e sétima maior. Modo usado para sons que evocam “triunfo” e “glória” exemplificado num Metal Progressivo.
Ex. 5 – Modo Mixolídio (C,D,E,F,A,Bb) : Passa-se pela sétima (intervalo característico) e terça. É o modo maior da musica negra americana, (ao contrário do Dórico que é o menor), exemplificado num blues, onde é comum o uso da escala mixolidio para cada acorde, C e F neste exemplo, ao contrário da aplicação por centro tonal.
Ex. 6 – Modo Eólio – Menor natural (C,D,Eb,F,G,Ab,Bb) : Passa-se pela sexta bemol (intervalo característico), além da terça menor. Modo “neutro” com tendências para mais “triste” e “reflexivo”, exemplificado num rock.
Ex. 7 – Modo Lócrio (C,Db,Eb,F,Gb,Ab,Bb) : Passa-se pela quinta bemol (intervalo característico), e segunda bemol, além da terça menor. Modo mais tenso, pesado e down que o Frigio, exemplificado também num Heavy Metal.
Usar os Modos gregos como escalas “principais” é uma aplicação muito mais interessante do que usá-las como “extensões” da escala Maior. Usar um Ré
Dórico, Mi Frigio, Fá Lidio, etc... em cima de um tom de Dó Maior não apresenta nada de novo, pois as notas são as mesmas. É muito mais interessante a variação entre um Dó Mixolidio para um Dó Frigio por exemplo, pois nesse caso mudam-se as notas e acordes. Também é possivel a mudança dos modos e do centro tonal ao mesmo tempo como por exemplo de um Do Jonio para um Eb Lídio. As combinações são muitas. Bons estudos.







segunda-feira, 6 de agosto de 2012

Coluna de Taping - Duas vozes simultâneas

Coluna sobre Tapping - Duas vozes simultâneas - Publicada na revista Bass Player Brasil - edição 07 - Audios no site www.bassplayerbrasil.com.br



Duas vozes simultâneas


     Nesta série de colunas abordarei diversas possibilidades para a aplicação do uso de tapping em musicas. Nesta primeira coluna abordo as possibilidades mais comuns para o uso de duas vozes simultâneas no baixo.
     No exemplo 1, melodias em duas vozes apresentadas em oitavas e terças. Nos dois primeiros compassos uso oitavas numa escala menor, a posição da mão direita é com a mão em direção ao chão, usando exatamente a mesma digitação da esquerda. Nos compassos 3 e 4 uso uma escala menor em sol na esquerda e uma escala maior em si bemol na direita (terça). Neste caso é importante a mesma quantidade de notas por corda para as duas mãos. Aconselho que se treine também em outras escalas, padrões e frases em geral nos dois casos.
    No exemplo 2, baixo na esquerda e acordes na direita em cima da harmonia  I Dm7 I G7 I C7M I A7 I.
Aqui uma aplicação para o estilo de swing jazz . Na linha de baixo uso aproximações cromáticas e notas dos acordes, escalas também poderiam ser aplicadas. Na mão direita foram usadas terças e sétimas ou o oposto. Essa é uma aplicação básica para baixos de quatro cordas, outros intervalos podem ser adicionados na direita para baixos de mais cordas. Sugiro a mesma aplicação para outros estilos musicais, por exemplo, pode-se tocar na direita o ritmo de uma linha de violão de um samba enquanto se faz as linhas de baixo na esquerda com as caracteristicas melódicas do estilo.
    No exempo 3, baixo na esquerda e melodia na direita em cima da mesma harmonia. A mão esquerda toca a mesma linha do exemplo 2 nas cordas mi e lá enquanto a mão direita toca uma melodia na escala de dó maior e com aproximações cromáticas nas cordas ré e sol, mão direita  em direção ao chão. Sugiro não se usar a mesma corda para as duas mãos.
    No exemplo 4, acordes estilo “dedilhado” na esquerda e a mesma melodia na direita, a diferença neste caso é a aplicação da melodia apenas na corda sol enquanto que os acordes na esquerda tocam as cordas mi, lá e ré. Nos acordes, algumas vozes comuns para acordes em três cordas seguidas, Tonica+3ª+7ª , 5ª+tonica+3ª e tonica+5ª+8ª. Assim como no exemplo anterior sugiro não se repetir cordas nas duas mãos. Baixos de mais cordas possibilitam o uso de mais cordas em ambas as mãos.
    Para cada uma das quatro aplicações há uma infinidade de possibilidades. Pode-se buscar fraseados mais complexos onde a coordenação das duas mãos seria o objetivo, treinando-se passo a passo, ou pode-se buscar naturalidade “improvisando” essa linhas de uma maneira mais natural. Nos dois casos exige-se um estudo muito grande dessa arte, mãos a obra e até uma proxima com mais possibilidades de tapping.




segunda-feira, 30 de julho de 2012

Transcrição Express

Aqui a transcrição do tema principal da  musica Express do meu primeiro album solo Express, um exemplo de aplicação de articulação em solo.

segunda-feira, 9 de julho de 2012

Coluna de Slap - Cordas Soltas


Coluna de Slap publicada em 1997 na revista Cover Guitarra



Olá pessoal, neste mês passarei dicas de uma aplicação que uso muito que é a mistura de notas ligadas com cordas soltas demonstradas abaixo em três diferentes exemplos todos no tom de MI menor No exemplo 1 usei o ligado da corda solta para certas notas tocando em seguida as mesmas em thumb e depois alternando com suas oitavas , experimentem com outros intervalos. No exemplo 2 liguei cordas soltas com notas da escala pentatônica de mi alternando sempre com a corda solta sol., tentem com outras escalas ou em outros tons. No exemplo 3 pensei no "bordão"ou "power chord" que são os acordes básicos sem terças em vários lugares alternando cada nota com sua respectiva corda solta, usem outros desenhos de acordes e procurem deixar soar o som de cada nota para dar uma maior consistência na soma delas. Na próxima edição explorarei mais o exemplo 3 em diferentes tempos . Até lá! 

segunda-feira, 2 de julho de 2012

10 fundamentos de levadas sobre Ritmo

Coluna Publicada no site Music Tube, audios disponiveis em www.musictube.com.br




10 fundamentos para aprimorar suas levadas no contrabaixo II -  Ritmo 

Zuzo Moussawer 





     Nessa segunda parte da série de colunas para contrabaixo abordarei os principais 
fundamentos usados em levadas, quaisquer que sejam os estilos musicais 
usados, agora focando nas variações ritmicas mais comuns. 
    O estilo predominante nos exemplos é o Pop/Rock/Funk, mas sugiro a aplicação dos 
mesmos fundamentos em outros estilos musicais, também em técnicas como 
Slap, Tapping e até improvisação. Todos os exemplos são tocados na mesma 
harmonia da primeira coluna   I Am I  F  I  C  Dm  I  G  I .    
    Também procurei mudar os ritmos em cada exemplo e entre os acordes para dar mais 
referências ritmicas. Em relação as opções de notas, usei  notas dos 
acordes/arpejos. Notas de passagem com escalas e cromatismos também são 
possiveis. A seguir a descrição dos fundamentos 
Ex. 1 – Aplicação de contratempos antecipados de colcheia nos tempos fortes 1 e 3. 
Ex. 2 – Uso de contratempos antecipados de semi-colcheias nos tempos fortes 1 e 3. 
    Ex. 3 – Uso de contratempos atrasados de colcheias, a nota é tocada após uma pausa 
de colcheia, também nos tempos fortes 1 e 3. 
    Ex. 4 – Contratempo atrasado de semi-colcheia, a nota é tocada após uma pausa de 
semi-colcheia, tempos fortes 1 e 3. 
    Ex. 5 – Contras nos tempos fracos 2 e 4, essa opção de contra é usado se queremos um 
efeito que não mexa tanto na estrutura ritmica da musica. Nos compassos 1 e 2 usei 
oitavas em colcheias antecipadas, nos compassos 3 e 4 contras atrasados de 
colcheia 
    Ex. 6 - Nos compassos 1 e 2 usei oitavas em semi-colcheias antecipadas, nos compassos 
3 e 4 contras atrasados de semi-colcheia 
    Ex. 7 – Contras antecipados de semi-colcheia nos compassos 1 e 2 e atrasados de semi- 
colcheias nos 3 e 4, todos em oitavas nos tempos fracos 2 e 4.  
    Ex. 8 – Compassos impares, dos exemplos 8 ao 10 há a mistura de dois compassos 
por exemplo, mas pode-se tocar cada exemplo em apenas um. Usei 3/4  nos 
compassos 1 e 2, pensei em 4/4 mas tirei o ultimo tempo do fim. Nos 
compassos 3 e 4 em 5/8 que seria o mesmo que 2,5/4, pensei em 2/4 
acrescentando uma colcheia no fim  
    Ex. 9 – Compasso de 7/8 nos compassos 1 e 2, pensei em 4/4 e tirei uma colcheia de 
cada compassos. Nos compassos 3 e 4 usei 9/8, pensei em 4/4 e acrescentei 
uma colcheia no fim de cada compasso 
   Ex. 10 – Mistura do fundamento de contratempos em tempos fracos, semi-colcheias 
em oitavas com compassos impares. Usei os mesmos compassos do exemplo 
anterior.  
   Sugiro a utilização de outros intervalos de acordes/arpejos, como terças, quintas e 
sétimas, assim como o uso de contratempos em notas de passagem com escalas 
e cromatismos e até em compassos impares  
   Lembrando que a aplicação de arpejos/notas dos acordes e aproximações cromáticas 
é feita “por acorde” , seja em triade ( tônica, 3a e 5a ) ou no uso de 7as, 6as ou 
9as para tétrades. Já a aplicação de escalas é por tonalidade, como nos exemplos 
9 e 10, onde o tom é de Lá menor, então foi usada a escala de lá menor em todo 
o trecho. por exemplo, mas pode-se tocar cada exemplo em apen
   Vale lembrar mais uma vez que o uso de notas de passagem e viradas utilizando todos 
os fundamentos passados nas duas colunas dependem muito da melodia 
principal sendo tocada, seja através da voz ou um outro instrumento. Sugiro que 
se ache “lacunas” entre esssas melodias, momentos onde a melodia está 
respirando, assim os movimentos nas linhas do baixo não vão “brigar” com ela, 
que é o foco principal de atenção do ouvinte. Também é importante se ter uma 
consistência ritmica em cada levada, ao contrário da variação constante que 
houve nos exemplos dados. Essa consistência deve levar em consideração o 
papel do baixo perante a voz, outros intrumentos e estilo musical tocado. 
   
    


domingo, 27 de maio de 2012

Coluna sobre fundamentos de notas publicada no site MusicTube.com.br, acesse o site para ouvir o audio da coluna.


10 fundamentos para aprimorar suas levadas no contrabaixo 
Zuzo Moussawer 
     Nessa série de colunas para contrabaixo abordarei os principais 
fundamentos usados em levadas, quaisquer que sejam os estilos musicais 
usados. Nessa primeira coluna falo sobre as opções de notas mais usadas. 
    O estilo predominante nos exemplos é o Pop/Rock, mas sugiro a aplicação 
dos mesmos fundamentos em outros estilos musicais, também em técnicas 
como Slap, Tapping e até improvisação. Todos os exemplos são tocados na 
harmonia   I Am I  F  I  C  Dm  I  G  I .    
    Também procurei mudar os ritmos em cada exemplo e entre os acordes para 
dar mais referências ritmicas, uma vez que os fundamentos ritmicos serão 
detalhados futuramente. 
Ex. 1 – Aplicação de oitavas. 
Ex. 2 – Uso de notas do acorde : quintas. 
    Ex. 3 – Uso de terças menores e maiores além de oitavas das terças. 
    Ex. 4 – Aproximações cromáticas : uma nota ( semitom ) vindo do mais grave. 
    Ex. 5 - Aproximações cromáticas : duas notas ( semitons ) vindo do mais 
grave e mais agudo. 
    Ex. 6 - Aproximações cromáticas : três notas ( semitons ) vindo do mais grave 
e mais agudo. 
    Ex. 7 - Aproximações cromáticas para as oitavas e quintas: uma e duas notas 
vindo do mais grave.  
    Ex. 8 - Aproximações cromáticas para as terças e oitavas das terças: uma nota 
vindo do mais grave e duas vindo do mais grave e mais agudo. 
    Ex. 9 – Aplicação de escalas : uso da escala do tom ( menor nesse exemplo ) 
em duas digitações, começando na quinta casa da corda mi e começando na 
corda solta lá. 
   Ex. 10 – Variação de todos os fundamentos dados anteriormente : 
aproximações cromáticas no Am, escala menor no F, aproximações cromáticas 
no C ,  Dm e G. 
   Procurem aplicar os mesmos fundamentos em outras harmonias e musicas.     
   Sugiro a simplificação do uso de escalas usando apenas uma digitação para 
cada uma, mas visualizando ela em todo o braço.  
   Lembrando que a aplicação de arpejos/notas dos acordes e aproximações 
cromáticas é feita “por acorde” , seja em triade ( tônica, 3a e 5a ) ou no uso de 
7as, 6as ou 9as para tétrades. Já a aplicação de escalas é por tonalidade, como 
nos exemplos 9 e 10, onde o tom é de Lá menor, então foi usada a escala de lá 
menor em todo o trecho. 
   Vale lembrar que o uso de notas de passagem e viradas utilizando todos os 
fundamentos passados dependem muito da melodia principal sendo tocada, seja 
através da voz ou um outro instrumento. Sugiro que se ache “lacunas” entre 
esssas melodias, momentos onde a melodia está respirando, assim os 
movimentos nas linhas do baixo não vão “brigar” com ela, que é o foco principal 
de atenção do ouvinte.